Sala de Física
22/07/2010 19:54
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Pior foi a Laika
Jorge Luiz Calife - Diário do Vale
Na semana passada, a Rússia comemorou os cinquenta anos do voo do primeiro astronauta, Yuri Gagárin, com uma grande festa em Moscou. O presidente Dimitri Medvedev fez discurso e velhos cosmonautas subiram ao palco ao lado de estrelas da música pop russa. Convenientemente ninguém se lembrou da Laika e de outros cachorros que foram cruelmente sacrificados durante os testes com as naves soviéticas. Esse é um capítulo da história da conquista do espaço que os russos acham embaraçoso e gostariam que fosse esquecido.
Na segunda parte do treinamento, ela foi colocada várias vezes em uma centrífuga, rodando em alta velocidade na ponta de um braço giratório, o que submetia os animais a altas forças gravitacionais, semelhantes as da decolagem do foguete. Laika e suas colegas também eram bombardeadas com o ruído dos motores do foguete. Durante essa tortura, a pressão sanguínea dos bichos subia e os batimentos cardíacos chegavam a 240 por minuto. Um pouco antes do lançamento o médico espacial Vladimir Yazdovsky levou Laika para sua casa, para que brincasse um pouco com seus filhos. "Eu queria fazer alguma coisa boa para ela. Restava-lhe tão pouco tempo de vida". Laika abanou o rabo achando que ia ser adotada.
Pelo progresso
No dia seguinte, ela foi levada de avião para Baikonur, trancada no cone do foguete de 34 metros de altura e a contagem regressiva começou. A subida foi perfeita, mas assim que o míssil entrou em órbita o isolamento térmico se soltou e a temperatura da cápsula subiu para 40 graus centígrados. No espaço, qualquer objeto metálico desprotegido é aquecido pelo Sol até a temperatura da água fervendo.
Enquanto sua cabine virava um forno, Laika continuava apavorada. Seu coração levou três voltas para cair dos 240 para 120 batidas por minuto. Ela não viveu nem um dia no espaço e morreu de calor, depois de sete horas. A propaganda soviética comemorou o feito, dizendo que Laika tinha vivido dias, se alimentado e fora sacrificada "de modo indolor com veneno". A colega de Laika no treinamento, Mushka ainda viveu mais três anos até ser colocada a bordo do Sputnik 6 junto com outro cachorro, Pchyolka, em dezembro de 1960. O Sputnik 6 era um teste para a nave Vostok que levaria Gagarin e a ideia era trazê-lo de volta do espaço, com os cachorros vivos. Uma câmara de tv transmitiu do espaço imagens de Mushka e Pchyolka a bordo da nave.
Mas na hora do regresso, o retrofoguete queimou sem parar, fazendo a nave mergulhar na atmosfera num ângulo agudo. E os dois cachorros foram incinerados vivos, a uma temperatura de 1300 graus centígrados, junto com a cápsula. Um ano depois, Gagarin embarcava no Vostok 1 para entrar para a história. Ele sabia que suas chances de voltar vivo eram as mesmas dos cachorros, 50%. Mas escolhera correr o risco. Laika não, como dizia o Ingemar, "ela não teve escolha". Em 1998, depois do fim do regime soviético, o cientista Oleg Gazenko, que mandou Laika para a morte, mostrou-se arrependido e reconheceu: "Não devíamos ter feito aquilo. Não aprendemos nada que justificasse a morte dela".
Artigo publicado pelo Diário do Vale em 21/04/2011.
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Encontro de Professores de Matemática e Física
No dia 23 de março último tivemos, aqui na Coordenadoria, uma reunião para os professores de Matemática e Física. Para saber mais: Reunião de Matemática e Física
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Na Croácia, a equipe da OBF conquista cinco medalhas ba 41ª IPHO
Da esquerda para Direita: Prof. Ronaldo Fogo, Prof. Euclydes Marega, Filipe Rudrigues,
Cássio dos Santos, Rodrigo Andrade, Gustavo Haddad, Rodrigo Rolim e Prof. Teixeira Jr.
Foto do site: www.sbf1.sbfisica.org.br
A equipe Brasileira da OBF que participu da 41ª International Physics Olympiad (IPHO), retornou da Croácia dia 27 de Julho com cinco medalhas na bagagem. A 41ª IPHO ocorreu de 17 a 25 de julho, em Zagreb, na Croácia, com a participação de 380 estudantes de 80 países.
Nossa equipe, selecionada e preparada pela OBF, conquistou cinco Medalhas de Bronze e foi formada pelos estudantes Rodrigo Alencar (CE), Filipe Rodrigues de Almeida Lira (PE) e de S. Paulo, Cássio dos Santos Sousa, Gustavo Haddad Francisco S. Braga e Rodrigo Silva. A delegação brasileira foi acompanhada pelos Professores Euclydes Marega Júnior - I. Física da USP, Roberto Dias (PE), Ronaldo Fogo (SP) e Teixeira Júnior (CE).
Esta é a primeira vez que todos os integrantes da equipe brasileira conquistam medalhas nessa Olimpíada Internacional de Física.
Apesar de só termos começado a participar da IPHO no ano de 2000, o Brasil atualmente é o país da América Latina com maior número de Medalhas conquistadas na IPHO.
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