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O que fazer com o lixo? eis a questão

Publicado no O Globo de 15/08/2010

 Tendência é situação se agravar

 

    >>    O maior problema do meio ambiente urbano no país hoje é o que fazer com o lixo.   A cobertura da coleta de lixo é relativamente alta: segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, dos 55,7 milhões de domicílios do país, cerca de 90% têm acesso a esse serviço ( 7 milhçoes de domicílios ainda não têm coleta).   A questão é como tratar o lixo depois que ele é coletado.

            A coleta seletiva de lixo, passo importante para a reciclagem, não existia em 2009 em mais de 40% das cidades.   No Norte, 56% não a tinham; no Nordeste, 66%; no Centro-Oeste, a região em pior situação, o número era de 74%.  O Sul vinha com 23% sem coleta seletiva, atrás do Sudeste, região com melhor indicador, com 21% sem esse tipo de coleta.

            Segundo o Ipea, das cidades com menos de cem mil habitantes (mais de 90% do país), 55,5% enviam seu lixo urbano para lixões ou vazadouros, e 19,4%, para aterros controlados.   O aterro ideal, o sanitário, está em 25,1%.

            -  Os problemas atuais do meio ambiente urbano são esgoto e lixo.  Mas, enquanto nos últimos 15 anos a cobertura do tratamento de esgoto foi de 30% a 40% para 50%, no caso do tratamento do lixo a cobertura não teve mudança significativa, e tem índices bem abaixo dos padrões internacionais -  diz Ronaldo Seroa da Motta, responsável por estudos ambientais do Ipea.  -  A tendência é a situação se agravar com o aumento da renda do brasileiro.   Para cada 1% de aumento na renda de uma família, gera-se até 1,3% a mais de resíduos sólidos.  

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